Armando Pereira de Castro Agatão Lança
Armando Pereira de Castro Agatão Lança | |
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Nascimento | 19 de agosto de 1894 Viariz |
Morte | 23 de maio de 1965 Santa Marinha do Zêzere |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | oficial de marinha, político |
Armando Pereira de Castro Agatão Lança (Baião, Viariz, 19 de Agosto de 1894 — Baião, Santa Marinha do Zêzere, 23 de Maio de 1965) foi oficial da Marinha e político da Primeira República Portuguesa. Exerceu as funções de vice-governador do Banco Nacional Ultramarino, governador civil de Lisboa (1921-1922) e deputado republicano-democrático em três legislaturas (1921 a 1926).
Biografia
[editar | editar código-fonte]Como primeiro-tenente da Armada, Agatão Lança interveio várias vezes militarmente em defesa da República contra tentativas de golpe, tendo nomeadamente comandado as forças fiéis ao governo que dominaram a revolta de Mendes Cabeçadas, em 19 de Julho de 1925.
Após o 28 de Maio de 1926, o almirante Luís da Câmara Leme foi o líder militar do malogrado levantamento de 5 de Fevereiro de 1927, em Lisboa, contra a Ditadura Militar, tendo a secundá-lo Agatão Lança e o coronel José Mendes dos Reis. Na sequência da derrota foi preso e deportado para Angola, tendo-lhe sido fixada residência em Luanda. No princípio de 1928 evadiu-se, indo para Paris, de onde regressou clandestinamente a Portugal, no mesmo ano, para participar na Revolta do Castelo e, depois, para Espanha, de onde partiu para novas acções conspirativas contra a Ditadura, declarando ter "forçado a fronteira oito vezes".
Não pertenceu à chamada Liga de Paris.
Sem ter beneficiado de qualquer amnistia, regressou a Portugal em 1940, sendo preso na fronteira de Barca d'Alva. Foi-lhe depois fixada residência no Porto, mas em 1945 seria de novo preso por actividade oposicionista.
Esteve ligado ao MUD e ao MUNAF e lutou até à morte contra o regime salazarista. Era casado com a advogada antifascista Alcina Bastos. [1]
Foi Maçon, iniciado, em 1913, na loja A Revolta, com o nome simbólico Robespierre.
Foi agraciado com os graus de Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (12 de abril de 1919) e Cavaleiro da Ordem Militar de Cristo (28 de junho de 1919).[2]
Referências
- ↑ Esteves, João (quarta-feira, 15 de janeiro de 2014). «Silêncios e Memórias: [0478.] ALCINA BASTOS [II]». Silêncios e Memórias. Consultado em 5 de julho de 2024 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Armando Pereira da C. Agatão Lança". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de agosto de 2020
Fontes
[editar | editar código-fonte]- MARQUES, A. H. de Oliveira. Dicionário de Maçonaria Portuguesa. Lisboa: Editorial Delta, 1986.
- MARQUES, A. H. de Oliveira (coord.). Parlamentares e Ministros da 1.ª República. Lisboa: Assembleia da República, 2000.
- FARINHA, Luís. «Agatão Lança: oito vezes clandestino», em Os Anos de Salazar. 2 - 1933: A Constituição e o Estado Novo. s.l.: Planeta De Agostini, 2008, pp. 109-111.